terça-feira, 30 de março de 2010

Dia 30: Beaubourg



Foi o último dia. Fizemos a obrigatória paragem numa crêperie (neste caso, a Crêperie de Paris em Beaubourg) e todos nós enfardámos umas boas crepes, umas com chantilly, outras com Nutella, outras com os clássicos e simples açúcar e canela.

Antes de partirmos, fomos até Beaubourg. Passámos pela igreja Saint-Merri, pelo Centro Pompidou, mas infelizmente não tivemos tempo de o explorar. Adorava ter entrado e visto magníficas obras de arte, mas fica para outra altura. O que gostei imenso naquele sítio (aliás, espalhadas pela cidade inteira) foram as casinhas de souvenirs. Tanto encontravamos t-shirts a dizer I <3 Paris como malas da Marilyn Monroe, postais Pop Art, mini Torres Eiffel, pinturas de Paris, etc. Queria levar aquilo tudo.

E assim, chegámos ao fim da minha viagem feita há um ano atrás. Se chorei? Claro que chorei. Foi fisicamente impossível conter as lágrimas. Ao rever os vídeos e as fotografias sinto tanta saudade. Queria imenso ter mais tempo para ver e conhecer Paris com calma, ir a sítios menos turísticos, infiltrar-me numa vida parisiense e não estar sempre com a câmara de vídeo/câmara digital na mão com medo de não poder fotografar qualquer coisa.


Sei, também, que em excursões não podemos fazer metade daquilo que queremos. E mais, cinco dias não chega para conhecer Paris. Pelo menos ao milímetro, não dá. Apesar de não nos ter impedido de nada, a chuva podia ter sido um pouco menos. Ironicamente, no dia em que nos fomos embora estava um sol esplêndido.


Tanto mudou desde essa viagem. Para já, estou no 12º ano. Queria tanto fazer um Erasmus em Paris, mas infelizmente a minha faculdade só disponibiliza um intercâmbio em Lille. Até é pertinho, mas não seria a mesma coisa. Tenho a certeza que iria faltar a muitas aulas para me escapar até Paris.

Um ano passou (parece que foi ontem) e em vez de ter estado em Paris, estive em casa com a cara inchada por causa duma cirurgia na gengiva. Isto há coisas, sinceramente.

Paris, tu me manques beaucoup.

Bisou, bisou *
* Todas as fotografias tiradas por mim.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Dia 29: Disneyland








É realmente um sítio mágico onde nos sentimos crianças outra vez, não há sítio comparável. Chegámos à Disney bem cedinho, andámos em muitas atracções como a Mansão Assombrada, uma montanha russa, outra montanha russa, uma viagem de barco inspirada nos Piratas das Caraíbas, a Space Mountain (duas vezes), a clássica atracção das chávenas e para finalizar, uma atracção em que nos sentávamos em bancos em forma de Dumbo.

Entre isto houve, claro, uma parada, onde eu e muitos outros gritavam os nomes dos heróis da nossa infância. Sente-se mesmo um entusiasmo cá dentro. Também aconteceu uma situação bastante... desagradável mas ao mesmo tempo engraçada. Uma amiga minha perdeu-se, e só a voltamos a encontrar graças à bondade de um português com quem ela deu caras e que lhe emprestou o telemóvel. Mal atendi o telemóvel não me contive depois de ela me dizer que estava no restaurante "Hakuna Matata" com uma voz extremamente assustada.

Depois de mil e uma compras e completamente esgotados, voltámos para a pousada. A nossa última noite foi algo de... aterrorizadora, digamos. Eu partilhava o meu quarto com mais três amigas, e enquanto eu e uma delas estávamos noutro quarto, um homem entrou no nosso quarto sem qualquer aviso nem uma educada batida na porta (sim, uma de nós não fechou bem a porta porque era bastante perra). Um homem com apenas umas cuecas vestidas. Não, não foram boxers. Foram mesmo cuecas. Justinhas e apertadinhas, daquelas que não pensamos que um homem daquela idade vestiria. Entretanto, estava uma na cama a ler e outra na casa de banho. Quando percebemos o que se passava (o nosso francês é um pouco ferrugento), o homenzinho lá explicou que nós estávamos a fazer muito barulho. Ora, duas noutro quarto e as outras a ler e na casa de banho... só se a minha amiga estivesse muito mal da barriga, o que não foi o caso.

Depois de uns olhares pouco apropriados por parte do senhor, decidimos acordar a professora e o caso foi resolvido. Houve ainda um bate papo entre os mesmo na manhã seguinte, em que a nossa professora o arrasou por completo e com razão. Ou em França é habitual os homens de meia idade entrarem em quartos de meninas de dezasseis anos? Pois é, meu caro, je croie que non.

Wendy, come on! It's time to dream!

Paris, tu me manques beaucoup.

Bisou, bisou *
* Todas as fotografias tiradas por mim.

domingo, 28 de março de 2010

Dia 28: Louvre, Champs-Élysées, Arc de Triomphe, Académie Royale de Musique, L'église de la Madeleine, Sacré Coeur et Moulin Rouge





Nunca andei tanto na minha vida como no dia 28 de Março de 2009. Especialmente num país estrangeiro. Começámos este dia no museu do Louvre. Desde que vi o Código DaVinci, quando o Tom Hanks entra dentro da pirâmide principal, que me pergunto como é o museu passado essa maravilhosa entrada. Foi pena termos entrado pelo metro e não pela praça principal, mas como saí por lá foi tudo dar ao mesmo. Infelizmente, sendo o Louvre tão gigante e abastado artisticamente, não conseguimos ver todas as exposições nem todas as alas em tão pouco tempo. Mas o que vi, bastou-me para ficar encantada. Especialmente a notória Mona Lisa, pois claro. Fiquei tão surpreendida pelo quadro ser tão pequeno, estava à espera que fosse uma moldura grandiosa, mas não. Fomos às exposições das antiguidades gregas/romanas/etruscas, das antiguidades egípicias e das pinturas. Fiquei bastante incomodada quando uma amiga minha me contou que uma mulher (creio que era americana) se virou para a sua amiga do lado, e ao ver a Vitória de Samotrácia perguntou se era o Titanic. Cof, cof.

Depois de ficar entretida a tirar fotografias e a filmar o centro do museu (especialmente o elevador, achei o máximo) e as pirâmides lá fora, percorremos um caminho quase interminável. Do Louvre demos um pulinho até à Place du Carrousel, ao Jardin des Tuileries e à Place de la Concorde (e ao obelisco, claro). Tudo isto com uma linda vista da Torre Eiffel (tal como disse, adoro como está tudo interligado em Paris). Até aqui, tudo bem. Depois começou a chuva. E o vento. E o frio. E nestas condições subimos os Champs-Élysées. Ainda parámos para almoçar numa sandwicherie, apesar de termos ficado na esplanda a levar com a dita chuva. Os aquecedores ajudaram um bocadinho. Ainda parámos, também, na Virgin Records já que não há em Portugal e devorámos aquela loja inteirinha. Mais uns passinhos, e chegámos ao Arco do Triunfo.


Pensámos que já tinhamos feito o principal do que estava planeado, mas nãaaaao. Não, não, não. Do Arco do Triunfo apanhámos o metro até à Académie Royale de Musique no Palais Garnier (apesar de ter sido uma breve visita, infelizmente). Em seguida, andámos até à L'église de la Madeleine, foi um pulinho. Fiquei encantada pela Rue Royale que é perpendicular à igreja. Os meus olhos saltaram para as boutiques da Chanel e da Dior, mas também fiquei admirada da volta que fomos dar, porque o obelisco estava outra vez à nossa frente. Lá estão, de novo, as interligações.




Sinceramente, não me lembro se apanhámos um metro na Madeleine, mas em todo o caso, andámos até ao Sacré Coeur. E que subida! A maioria das pessoas não queria subir mesmo até lá acima porque já estavamos mais do que exaustos. Eu fiquei extremamente envergonhada porque não conhecia a existência de tal monumento. Lembrou-me o Taj Mahal. Depois quando vi o filme Sabrina com a Audrey Hepburn e vi o Sacré Coeur no fundo do seu apartamento, expressei um sorriso de orelha a orelha.

Mais umas descidas, e fomos até ao legendário Moulin Rouge. Tenho uma certa pena por ter ido numa excursão, não dá para fazer metade do que quero. Chegámos à pousada mais que rotos, mas foi um dia inesquecível.

Paris, tu me manques beaucoup.

Bisou, bisou *
* Todas as fotografias tiradas por mim.


sábado, 27 de março de 2010

Dia 27: Versailles, Tour Eiffel, la Seine et Notre Dame




Foi o primeiro dia em grande. Saímos da pousada bem cedinho (não me faltou a bóina) e depois da despistada professora nos indicar o caminho, enfiámo-nos no metro de superfície (que para mim é um comboio, mas pronto) e lá fomos nós.

Estava um dia horrível. Aliás, o tempo todo que lá estivemos foi horrível, vinha a chuva, vento, nuvens... O sol? Nem vê-lo, tinha ficado em Lisboa. Chegámos a Versalhes, um frio de morrer, e bate-nos na cara aquela maravilha. Nunca lá tinho ido (acho que é melhor mencionar que a última vez que fui a Paris, além da que estou a relatar, foi em 1998) e achei absolutamente deslumbrante. E claro, os prestigiados jardins, nem há palavras para lhes fazer justiça.

Depois de um rapido almoço voltámos ao centro da cidade e, finalmente, pude concretizar o meu sonho de subir à Torre Eiffel. Não sabia que era preciso parar no segundo piso, esperar, e daí seguir até ao último. Toda essa transição demorou cerca de uma hora e meia (ou talvez mais). Frio, chuva miudinha, vento, e todos a metros e metros de altura num dos mais belos monumentos do mundo. Sim, fui uma sortuda. Depois de inúmeros ahhhhs, ehhhhs e que lindos, depois das obrigatórias fotografias a todos os ângulos de Paris, depois de fazer uma birrinha por não me querer ir embora dali, lá fomos. Desta vez em direcção ao rio Sena.

Ai, como é lindo. Tive pena de não termos feito todo o percurso, mas bastou-me. A passagem da Torre Eiffel até Notre Dame nos engraçados bateaux mouches foi outro sonho concretizado. Não é todos os dias que andamos de barco no rio Sena, que passamos pelo Louvre, pela ponte Alexandre III, por todas as típicas casas parisienses que me dão aquela sensação de oh-meu-deus-eu-quero-tanto-morar-aqui-e-ver-isto-tudo-todos-os-dias-para-o-resto-da-minha-vida, e que vamos parar a Notre Dame.


É incrível, vejo e revejo tantas fotografias de 1998, em vários sítios que também visitei o ano passado, e não me lembro de nada. Sim, tinha seis anos, mas pensei que me fosse lembrar um pouco mais. Só me lembro do episódio em que fiquei com bolhas atrás dos pés e não nos restou mais nada a fazer senão percorrer as ruas de Paris de taxi para encontrar uma sapataria (e saí de uma com pantufas, já com seis anos tinha um estilo de morrer, já viram? Pergunto-me, onde estarão essas memoráveis pantufas?).

Notre Dame, por dentro, desiludiu-me. O interior não consegue competir com o exterior, é-lhe impossível, mas não deixa de ser admirável.

Paris, tu me manques beaucoup.

Bisou, bisou *
* Todas as fotografias tiradas por mim.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Dia 26: La Bastille et La Défense









Estive o dia todo a pensar. Lembro-me tão bem de estar a fazer contagem decrescente cerca de dois ou três meses antes. E agora, cá estamos, um ano depois. A cada hora ia dizendo, há um ano estavamos ali! Há um ano estavamos a aterrar! Há um ano já estavamos no aeroporto! Há um ano já estavamos a tirar imensas fotografias na La Défense! Pode-se dizer que os meus amigos iam ficando um bocadinho irritados, mas eu sei que também sentem alguma saudade.


Faz hoje um ano que me levantei às seis da manhã, que estava no aeroporto às 7h30, e que entrei no avião às 9h00 (entre estes últimos dois tirámos fotografias com o David Luiz. Um ano depois, hoje, estivemos com o Rui Costa, há coisas fantásticas). Quando chegámos, aquele cheiro húmido e tão Parisiense encheu-me os pulmões. Mal chegámos ficámos numa pousada em Maurice Ravel (que foi uma das piores partes da viagem, à medida que vou relatando os meus dias vou desvendando o motivo), dois ou três em cada quarto. Vesti logo outra roupa e toca a andar, enfiamo-nos logo no métro de Paris em direcção a La Bastille.

Um passinho no McDonald's, outro no Starbucks, e toca a voltar para o metro outra vez em direcção a la Défense. Nunca lá tinha ido e, sinceramente, nem sabia o que era nem o que havia lá. Fiquei deslumbrada, aqueles edifícios tão modernos, tão esteticamente bonitos. O facto de Paris ser tão simétrica, os monumentos seres tão pertos uns dos outros, quase em linha recta, é uma qualidade que me agrada ainda mais. Desde la Défense conseguimos ver o Arco do Triunfo, não é maravilhoso?


Não me conseguem ver feliz radiante?
Paris, tu me manques beaucoup.


Bisou, bisou *
* Todas as fotografias tiradas por mim.

Reviver à minha maneira




Há exactamente um ano, dia 25 de Março de 2009, estava eu e uma das minhas melhores amigas aqui no meu quarto, extremamente radiantes por sabermos que mal acordassemos no dia seguinte, iamos directas ao aeroporto de Orly, prontas para cinco dias na Cidade da Luz com mais uma data de amigos.

Sinto nostalgia, saudade e... tristeza ao mesmo tempo. Tenho pena de não poder dar mais escapadelas a Paris. Sinto-me triste porque já passou um ano. Um ano? A sério? O tempo passa assim tão rápido como as senhoras idosas dizem, ou até como os meus próprios pais dizem? É mesmo, eles não nos estão a mentir.

De hoje até Quarta-feira, vou falar um pouco sobre esta minha viagem a Paris, onde fomos, o que fizemos, o que me lembro. Talvez assim possa sentir que lá estou outra vez.

Sexy: Amanhã ser o último dia de aulas e ter duas semanas de férias à minha frente, mmmm!
Nada sexy: Não poder apanhar um avião amanhã.

Bisou, bisou *

domingo, 21 de março de 2010

Afinal ainda há boa música portuguesa




Se Cuidas de Mim - Tiago Bettencourt e Mantha, com Inês Castel-Branco

quarta-feira, 17 de março de 2010

Time Out Lisboa



Sim, sou uma wannabe Parisiense, amo Paris, amo esse sítio mágico.

Mas sou uma Lisboeta, e uma Lisboeta orgulhosa. Adoro a minha cidade e passo por lá sempre que posso. Os bairros coloridos, o Chiado (des)animado (digo desanimado porque todos sabem que o Chiado já viu melhores dias), a enorme probabilidade de olhar para um dos lados e ver um edifício histórico - adoro.

Por isso, fiquei felicíssima quando soube da existência da revista Time Out Lisboa (que pelos vistos também existe para uma data de outras cidades internacionais) em que informa, citando o lema da mesma, "tudo o que há para fazer em Lisboa" e até muito mais, em vários níveis: Arte, Livros, Filmes, Miúdos, Teatro, Música, Noite, Gay, Consumo, Comer&Beber, Casas e Televisão. Tenho de admitir: rendi-me e, agora, sou fã a cem por cento.

A primeira vez que ouvi falar nesta revista (muuuuito depois da edição nº2 como esta da imagem, a primeira que apanhei foi a nº127, agora está muito mais cheiinha e até oferecem Menus - ou qualquer outra coisa - grátis ou a metade do preço em cada edição)  foi quando um amigo meu me deu a conhecer o blog da Pipoca Mais Doce, em que a mesma é a Ana Garcia Martins, jornalista que trabalha, precisamente, na Time Out. Como me interessei pelo blog, há três semanas passei por uma papelaria e cruzei-me com a revista. Esfolheei, adorei, comprei, devorei! Talvez numa ordem diferente dessa.

Agora, todas as santas Quartas-feiras, lá saio eu de Educação Física (mais uma razão parar querer que os infernais noventa minutos acabem rapidamente) em direcção à papelaria mais próxima, com um sorriso digo as palavras mágicas "Bom dia, tem a Time Out?", pago os €2, agarro logo nela para ninguém ma tirar e leio-a na aula de História. Será que também vai resultar na Faculdade?

A Time Out tornou-me numa Lisboeta mais feliz, com ainda mais vontade de conhecer a minha linda e magnífica cidade, a minha Lisboa, menina e moça.


Sexy: Descobrir - graças a quem, a quem? À Time Out, claro! - que abriu uma Brasserie no Rossio. E outras lojas que vou descobrir durante as minhas duas semanas de férias, mmmm!
Nada sexy: Pessoas desorganizadas. Desculpem lá, mas detesto, não dá vontade de fazer nada.

Bisou, bisou *

* Fotografias 1 e 2

terça-feira, 16 de março de 2010

Não há um pouco de Burberry para mim?


Eu sei, eu sei, isto não é o novo Burberry Prorsum pelo qual todas as meninas se estão a babar, e também sei que é da estação Outono/Inverno do ano passado. Mas cada vez que vejo a Emma Watson com roupa da Burberry ou com o Karl Lagerfeld, não consigo resistir. Porque é que eu também não posso virar de rapariga normalíssima para fenómeno cultural e acabar nas páginas das revistas com uma maquilhagem de morrer e, principalmente, com um trench coat da Burberry?

Cada vez que passo (raramente, *snif snif*) pelo El Corte Inglês, passo pela secção desta belíssima marca e fico a dar festinhas aos casacos e aos tais ditos trench coats, quase como a convencê-los a virem para casa comigo por estar a tratá-los tão bem.

Até agora, nunca resultou, mas ainda tenho esperanças.

Sabem o que costumo fazer? Levo todas as coisas caras e de marca (sou como a Elite, uma autêntica brand whore) para o provador de roupa, experimento, faço umas poses à Kate Moss a fingir que o espelho é uma câmara e, pronto, divirto-me! Quando é hora de voltar a metê-las no cabide (sempre dobradinhas, não me atrevo a tratá-las mal, ainda deixam de gostar de mim e assim é que nunca vêm parar ao meu armário) é que se soltam umas lágrimas e um aperto no coração... minhas, não delas, claro.

Tomem lá mais Emma Watson e agora, sim, o Burberry Prorsum.

Sexy: Faltarem três dias para ir às compras com as minhas melhores amigas!
Nada sexy: Ainda faltarem nove dias para as aulas acabarem e ter duas semanas completamente livres antes do stress dos exames nacionais.

Bisou, bisou *

* Fotografias 1 e 2.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Paris #2




Qual será a sensação de morar em Paris? Qual será a sensação de acordar num domingo de manhã a espreguiçar e a bocejar, abrir as cortinas, as portadas e a varanda, e mirar a Torre Eiffel enquanto se come um croissant fresquinho e crocante e se beberica um café au lait?
Qual será a sensação de ter um dia de folga, calçar um belo par de saltos altos e navegar em lojas como a Chanel, Louis Vuitton ou Dior com um sítio mágico sempre à nossa volta?
Qual será a sensação de voltarmos a casa do emprego, descalçarmos tais ditos saltos altos e refastelarmo-nos num sofa aconchegante, sempre com a segurança de que a Torre Eiffel, de que Paris está sempre atrás de nós?

Só sei que eu estaria sempre à janela com medo que desaparecesse.

Bisou, bisou *

domingo, 14 de março de 2010

Suicídio




Eu continuo sem perceber. Ultimamente só tenho ouvido notícias de suicídios, quer seja aqui ou a quilómetros de distância. Pessoas com menos de vinte e cinco anos a suicidarem-se, pessoas com doze anos a suicidarem-se. 

Tenho uma opinião muito forte à cerca do suicídio. Não vale de nada, talvez só vai piorar a nossa situação, quem sabe. Mas vai, com certeza, piorar a vida dos nossos familiares, dos nossos amigos. Quem se suicida é cobarde, é injusto, é egoísta, por mais sofrimento que se esteja a passar. Pôr fim à nossa vida, que seja pela morte dum familiar (como foi o caso do designer Alexander McQueen), quer seja pela separação com o namorado (como foi o caso da prima duma colega minha), quer seja por bullying (como foi o caso dum rapazinho de doze anos muito falado nas notícias recentemente), não é a solução.

Há pessoas que pensam que é uma forma de chamar a atenção das outras, não se apercebendo que quando se atirarem da ponte, quando se atirarem para a linha do comboio, quando se atirarem para o mar, acabou-se tudo. Não há volta a dar. Não podemos flutuar à superfície, não podemos voar para trás. Fizemos uma escolha pouco acertada, com o objectivo de acabar com a nossa dor (ou "dor") e, provavelmente, muitos desejam ter sido fortes e ter permanecido com os pés bem assentes na terra.

O que mais me assusta, é que isto é quase uma espécie de moda entre pessoas da minha idade. Adolescentes e jovens que têm tudo pela frente, têm a vida à espera deles, e decidem deitar tudo para o lixo sem qualquer gratificação por cá estarem em primeiro lugar. É um desrespeito para quem não se queria ir embora e foi forçado a tal. É cobarde. É injusto. É egoísta. E os pais? E os amigos? E as pessoas que nos ajudaram? E as pessoas de quem gostamos? Não vale a pena ficarmos cá por eles? Vale a pena deixar outros sem fala, quase como zombies, depois de assistir ao pleno acto do suicídio do amigo, da amiga, da prima, do primo? Vale a pena destruir a vida dos outros para satisfazer a nossa "dor"?

Não vale.

Sexy: O novo vídeoclip da Lady Gaga e da Beyoncé.
Nada sexy: Não ter mais chocolate em casa... bah!

John Mayer: 68 dias; Miley Cyrus: 76 dias; U2: 202 dias.

Bisou, bisou *

segunda-feira, 8 de março de 2010

Reacção aos Óscares




Tenho de confessar, fiquei surpreendidíssima. Pensava que o Avatar ia ser o arrasador da noite, foi tão estranho vê-lo apenas a ganhar os prémios mais técnicos. Desculpa lá, James Cameron. Mas, mesmo assim, fiquei satisfeita que a Kathryn Bigelow tenha ganho estes prémios, já que é a primeira mulher a ganhar o prémio de Melhor Realizador(a). Bem bom, não é, meninas?

Fiquei tão chateada pelos Inglourious Basterds só terem ganho um Óscar... Adorava que tivesse ganho Melhor Argumento Original e, possivelmente, Melhor Realizador. É um filme incrível e acho que já se tornou num dos meus preferidos de sempre.

Pulei de alegria quando sobre que o Up ganhou dois Óscares, incluindo o de Melhor Filme Animado! Fiquei contente pelo filme Precious ter, também, ganho dois Óscares, mas fique tão enervada pelo filme An Education não ter ganho nada!

Previ que o Up In The Air, Invictus e A Serious Man iriam para casa de mãos a abanar e acertei. Acho que faltou um bocadinho assim (especialmente os irmãos Coen, ahh, detestei aquele filme). E Sandra Bullock, Melhor Actriz, a sério?

Agora, sobre o espectáculo em si. Bom... o do ano passado foi cem vezes melhor. Todo aquele entusiasmo pelo Slumdog Millionaire e a interpretação de "Jai Ho" e o Hugh Jackman (<3) como apresentador... este ano não bateu o anterior. Não pensem que não gostei do Steve Martin e do Alec Baldwin, gostei, e foram engraçados (parti-me a rir quando eles começam a falar do James Cameron e sacam uns óculos 3D, épico!) mas... não são nenhuns Hugh Jackmans.

Obrigada, mais uma vez, por me terem aturado nesta semanita dos Óscares e todos estes posts sobre filmes ultimamente. Espero que tenham gostado, eu sei que eu gostei. E, quem sabe, qualquer dia vou parar ao mundo do cinema de uma maneira ou de outra (E o Óscar vai para...).





Sexy: A Meryl Streep, a Rachel McAdams e a Miley Cyrus na carpete vermelha -- arrasadoras!
Unsexy: Os Óscares serem a sete horas de distância, significando que acabaram às 5 da manhã que, por sua vez, significa que me fez parecer um zombie durante o dia de hoje.

John Mayer: 74 dias; Miley Cyrus: 82 dias; U2: 208 dias.


Bisou, bisou *

domingo, 7 de março de 2010

Semana dos Óscares: Nine




Primeiro, tenho de vos avisar: detesto musicais. Não os suporto. Não vejo o objectivo de um filme onde, de repente, uma personagem começa a cantar sem razão aparente. Apesar disso, gosto do The Sound of Music e do Mamma Mia! e de musicais mais antigos, mas é só. Detestei o Moulin Rouge e detestei o Chicago. E, coincidentemente, o realizador do Nine, Rob Marshall, é o mesmo realizador que Chicago.

Porém, este filme é um pouco diferente. Tem um elenco poderoso que dispensa apresentações e acho que foi por isso que as minhas expectativas estavam bem altas. Achei o argumento muito fraco e algumas representações foram... bem, fracas, também. Contudo, a Penélope Cruz, umas das minhas actrizes preferidas, esteve maravilhosamente bem. Será que vai ganhar mais um Óscar este ano?

A banda sonora não foi muito entusiasmante nem fresca, a única música de que realmente gostei foi a "Be Italian" cantada pela Fergie (a qual dispenso como actriz). Mas bom, esperemos por um musical em condições!

Nominations: Melhor Actriz Secundária (Penélope Cruz), Melhor Direcção Artística (John Myhre/Gordon Sim), Melhor Guarda Roupa (Colleen Atwood), Melhor Música Original - "Take It All" (Maury Yeston).

Predictions: Melhor Actriz Secundária vai, sem dúvida, para a Mo'Nique para o filme Precious. Também não vai ganhar Melhor Direcção Artística, esse vai para o Avatar. E, honestamente, espero que não ganhe Melhor Guarda Roupa. Primeiro, porque um dos meus filmes preferidos, Coco Avant Chanel, também está nomeado para essa categoria e, segundo, porque, francamente, o guarda roupa do Nine não é nada de especial.

E pronto, já está! Infelizmente não vi o The Single Man nem o Julie&Julia porque não os consegui encontrar em lado nenhum, mas vou com certeza fazer um comentáriozinho quando os vir. Resumidamente, acho que os grandes vencedores da noite vão ser o Avatar e os Inglourious Basterds. E o The Hurt Locker, apesar de não o ter visto.

Faltam cerca de duas horas para os Óscares começarem, estou tão entusiasmada! Obrigada por me aturarem com todas estas revisões e todos estes comentários. Gostei mesmo muito de os escrever. Mais um post de reacção e depois acabo, prometo!

Bisou, bisou *